sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Medidas para amenizar violência nas escolas da Capital

O cenário preocupante do aumento da violência nas escolas de Campo Grande, principalmente nas públicas, tem me preocupado muito. Agora se tornou rotina ler em sites, jornais impressos e também acompanhar nos telejornais, reportagens relacionadas a casos de violência no interior dos estabelecimentos de ensino.

No dia 19 de fevereiro deste ano, um menino de 12 anos foi atingido por outro de 13 com cinco facadas e ficou em estado grave. Ele foi ferido quando estava na Escola Municipal Carlos Vilhalva, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Graças a Deus ele não morreu. Já no dia 27 de agosto uma menina de 14 anos teve o rosto cortado com estilete por duas adolescentes e uma mulher, quando saía de sua escola no Jardim Morenão. A vítima passou por cirurgia plástica.

E no interior não é diferente: no dia 8 de julho, um garoto de 12 anos foi ferido com um golpe de canivete na barriga por um adolescente de 14 anos na Escola Luciano Silvério de Oliveira, em Água Clara. Ele não morreu.

A lei 4.604, de 13 de março de 2008, cria o Programa de Prevenção da Violência nas Escolas. Quando elaborei o projeto, transformado em lei, pensava apenas em garantir a diminuição da violência nas escolas. Hoje vejo que a lei é essencial a qualquer escola da Capital, pois visa desenvolver ações educativas para que essa prática seja estagnada.

Existem muitos casos de bullying, que nada mais é que a intimidação de alunos, através de xingamentos ostensivos e colocação de apelidos, incitando a discriminação e violência. Deve existir um monitoramento por parte da escola, no que condiz à situação de risco referente à violência no ambiente escolar. A lei enfatiza, ainda, que as escolas deverão promover palestras junto à comunidade escolar expondo o planejamento e recomendações de medidas de combate à violência.

São ações simples, que, seguidas à risca podem reduzir esse quadro de violência. E no âmbito estadual tem a lei 3.364, de 22 de fevereiro de 2007, que cria a Cipave (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar), de autoria do deputado Maurício Picarelli.

Tenho conhecimento de que muitos alunos vítimas desse tipo de violência têm abandonado suas escolas, motivados pelo medo, vergonha. Isso é triste, pois a educação acaba sendo prejudicada. Ferramentas já existem, espero que o cenário mude.

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