terça-feira, 12 de julho de 2011

Segurança de pessoas daltônicas ao trânsito da Capital




Protocolei nesta semana na Câmara Municipal de Campo Grande, um projeto de lei que dispõe sobre adaptações em semáforos para ajudar daltônicos. A proposta irá alterar o formato das luzes, com o objetivo de facilitar a correta identificação dos sinais luminosos por estas pessoas que têm dificuldades para identificar e diferenciar algumas cores.



Deixo registrado que estes são ajustes simples e de baixo custo, pois serão feitos trocas e adaptações apenas os faróis dos semáforos, sem necessidade de mudar os sistemas elétricos e eletrônicos. Isso deixará os equipamentos mais visíveis para os daltônicos à noite, visto que a dificuldade é que, no período noturno, o daltônico não enxerga todo o equipamento, mas apenas a luz, sem um referencial.



A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), por, ex., irá adaptar 17 mil semáforos para os daltônicos. A colocação de faixa branca reflexiva nos equipamentos, facilitará o contraste das luzes, e possibilitará ao portador da disfunção, identificar a sinalização. A maior parte dos motoristas poderá não notar uma faixa branca no meio de semáforos. No entanto, essa medida fará a diferença quando os condutores dos veículos forem daltônicos, ou como já dissemos, pessoas com problemas para diferenciar as cores. E todos sabemos que, uma confusão entre o vermelho e o verde tem grandes chances de terminar em acidentes no trânsito.

Estas mudanças nos mudanças nos semáforos paulistanos que começaram no fim de 2010 e, de acordo com o programa elaborado pela CET, serão adaptados todos os 17 mil semáforos "com braços" - aqueles que ficam suspensos no meio da rua e não colocados em postes nas laterais. São ajustes simples e de baixo custo, mas que deixam os equipamentos mais visíveis para os daltônicos à noite.



Com a simples troca dos anteparos pretos que ficam atrás das lâmpadas por outros mais novos e que possuem uma faixa reflexiva branca na altura da luz amarela, se permitirá aos daltônicos saber qual lâmpada está acesa no período noturno, pois, apesar de não reconhecerem as cores, esses motoristas conseguem identificar em um semáforo qual está mais brilhante por causa do contraste.



De acordo com a assessora técnica da CET, responsável pelas pesquisas sobre o assunto, Kátia M. Vespucci, que tem dois filhos daltônicos, "A tarja branca reflexiva oferece uma referência para os motoristas daltônicos. Eles conseguem visualizar o brilho à noite e com a faixa identificam se (a luz acesa do semáforo) está em cima ou embaixo. É uma solução simples, mas que funciona e traz mais segurança".



Atualmente, em São Paulo, cerca de 300 equipamentos já estão com a faixa reflexiva branca.As trocas são feitas quando um equipamento necessita manutenção ou quando é substituído por um novo. São Paulo foi o segundo município brasileiro a adotar essa faixa reflexiva e elaborar um programa para manter semáforos adaptados em toda a cidade. A primeira foi Campinas, que começou a experiência em 2003 e foi ampliando aos poucos a quantidade de equipamentos adaptados. Hoje , 70% dos 445 cruzamentos com semáforos na cidade têm o recurso.

Estas adaptações para os daltônicos são justificadas pela frequência com que a disfunção é registrada na população. As estimativas apontam que 10% dos homens tenham algum tipo de daltonismo, seja em menor ou maior grau. O índice é bem mais baixo em relação às mulheres (0,5%). Vale ressaltar ainda que, como na maior parte dos casos, os daltônicos conseguem relacionar as cores pela textura e contraste, não há obstáculos para que eles obtenham a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e muito menos foi comprovado que não estão aptos a dirigir.



E mais foram, foram feitas diversas pesquisas e nenhuma comprovou que os daltônicos se envolvem mais em acidentes. Desde pequenos eles aprendem a conviver com a disfunção e por isso desenvolvem mecanismos para fazer as associações necessárias. E eles assimilam todos os sinais de trânsito.



O que pode e deve ser feito é adaptar alguns itens do trânsito para deixá-los mais claros.E, tendo em vista que os daltônicos conseguem perceber o contrate das luzes dos semáforos, pois eles enxergam muito bem, uma das medidas que deve ser efetuada é a de adaptar os semáforos a sua visualização, com a colocação de tarjas brancas para facilitar a visualização à noite:medidas fáceis ,de baixo custo e que trarão bons resultados.



Espero que este Projeto de Lei, tenha o o apoio e aquiescência necessária à sua aprovação.

Um comentário:

  1. Olá, eu sou daltônico e recentemente reprovei no exame médico do Detran-MS, eu teria que voltar para fazer o reexame porém estou com medo de ser reprovado. O que devo fazer nesta situação?

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