Clínicas de fisioterapia fechando as portas, profissionais sem emprego e queda na qualidade do serviço. Infelizmente este é o cenário que já faz parte da realidade dos fisioterapeutas em nosso país.
De acordo com as entidades de classe, a principal causa da dificuldade no setor é ainda a baixa remuneração paga pela atividade dos planos de saúde que vem motivando cada vez mais o fechamento destas clinicas de fisioterapia no País. Entretanto, aquelas que continuam funcionando, optaram por reduzir o seu quadro de funcionários.
São mais de 140 mil profissionais no País, dos quais cerca de 90% dependem da renda obtida com os atendimentos feitos a pacientes que têm planos de saúde — os quais pagam aos profissionais, em média, apenas R$ 5 por procedimento.
Conforme informações da Asserfis/MS (Associação dos Serviços de Fisioterapia de Mato Grosso do Sul), aqui no Estado, por ano, em torno de três a cinco clínicas decretam falência.
Foi diante das necessidades apresentadas pelos profissionais fisioterapeutas, que a Comissão da Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campo Grande, presidida por mim e composta por mais dois nobres colegas parlamentares, realizou no último dia 14/9 na própria Casa de Leis , uma audiência pública para tratar de melhores condições de trabalho a categoria, entre elas, a revisão dos honorários recebidos pelos serviços de fisioterapia, mais oportunidades de emprego com a realização de concursos públicos – nos âmbitos municipal e estadual, entre os assuntos.
Durante a audiência, o presidente da Asserfis João Leite Jr, fez questão de explicar que os fisioterapeutas conveniados a prestadoras de serviços recebem por cada sessão , os valores brutos entre R$5,28 a R$6,66 . “Sobre esses valores pagamos ainda 32% de impostos, sem contar os demais gastos, o que acaba restando para as empresas em torno de 5% a 7%”, disse
Já o conselheiro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Rodrigo Lucchese Cordeiro afirmou que a profissão trabalha e zela pelo usuário.segundo ele o cliente para ser bem atendido tem de estar satisfeito e o profissional que não está satisfeito atende bem seu paciente.
É nesse sentido, que compartilho com vcs internautas a dor no coração mediante uma situação que vem me preocupando há muito tempo, desde 2001, ano que foi proposto por mim a lei Municipal 3.846, que inclui a prestação dos serviços de fisioterapia na rede pública de saúde da cidade.
Nessa época, eu já percebia a necessidade de um grande número de pessoas que precisava dos serviços desses profissionais, por isso o fisioterapeuta merece ser devidamente reconhecido. A sua reivindicação por melhores condições é justa. Esta categoria exige que a remuneração do fisioterapeuta seja baseada na realidade do profissional.
Por isso é meu lema, defender estes profissionais. Posso adiantar desde já que será uma grande luta, contudo esta audiência é o primeiro passo. A partir de agora, vamos buscar é na prática condições mais justas e acessíveis de trabalho aos profissionais que atuam nessas áreas.
Acrescento ainda que a discussão em torno do rol de procedimentos e o referencial de honorários é mais do que garantir uma renda mínima para os profissionais da área, mas também é defender a saúde pública brasileira.
Não podemos nos calar! O assunto merece toda a atenção da sociedade, e principalmente do poder publico que tem o dever de promover a melhoria de todas as categorias que trabalham e participam do sistema de saúde.
A sociedade brasileira, porém não tem ainda a noção exata da importância e da abrangência da Fisioterapia no Brasil, pois desconhece suas áreas (especialidades) e seus níveis de atuação (prevenção, diagnóstico precoce e tratamento oportuno, reabilitação). As ações multiprofissionais são fundamentais, e que não é possível manter um bom funcionamento do sistema de Saúde sem o devido reconhecimento de todas as classes que o compõem.
Quero deixar bem claro que a nossa posição aqui é pela necessidade multiprofissional do ser humano. Não sou contrário aos médicos terem uma regulamentação, e sim, contra os médicos acharem que são os únicos representantes da área da Saúde. Digo isso porque, quando estamos falando de um rol de procedimentos, estamos defendendo uma categoria e, mais que isso, defendendo um conjunto de práticas e técnicas extremamente importantes para a sociedade.
Apesar dos problemas aqui elencados, eu como presidente da Comissão acredito no cooperativismo, e que iniciativas como a audiência reforçam a importância da profissão de fisioterapia para a sociedade.
Conheça Fisioterapia, enquanto profissão - nasceu no Brasil em 1969, e ruma a completar agora em outubro, 42 anos neste 2011. As leis que a definem originalmente são um tanto contraditórias, porém a legislação do Conselho Nacional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional são contundentes e afimam estas profissões com autonomia e autenticidade.
Como destacar a importância da Fisioterapia no Brasil, agora quarentona, e discutir como conseguir seu reconhecimento social ?
É uma área de conhecimento que vem crescendo a cada dia e vem demonstrando sua importância junto a todas as outras áreas da saúde.Porém, ainda existe, da parte da população e até mesmo de alguns profissionais da saúde uma falta de conhecimento sobre o papel do fisioterapeuta na sociedade e na maioria das vezes somente aqueles que já precisaram de uma ajuda do fisioterapeuta ou conhecem quem precisou sabem da importância que este profissional possui.
A fisioterapia atua em praticamente todas as áreas que um médico pode atuar, claro que de uma maneira diferenciada, por não utilizar medicamentos ou poder realizar intervenções cirúrgicas. A fisioterapia reabilita previne e diagnostica diversas doenças utilizando diversos recursos, como eletroterapia, termo terapia e as mãos. A fisioterapia cresce em um ritmo talvez não tão acelerado, mas vem crescendo e se destacando apesar de alguns atos médicos querem transformar essa área da saúde em um ensino técnico. O fato é que a importância do fisioterapeuta vai alem do que a maioria das pessoas conhecem.
Que Deus nos abençoe!
Realmente, esses profissionais merecem não só nosso respeito mas, o respeito dos nossos governantes. Aplaudo de pé esses profissionais que melhoraram a qualidade de vida do meu filho, que sofreu meningite as 45 dias de nascido, hoje com 27 anos. Graças a Deus que através desses profissionais ele conseguiu ultrapassar as barreiras do limite dado pelos médicos. Parabéns fisioterapeutas.
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