segunda-feira, 28 de março de 2011

Violência contra mulher


OLá a tds..


Venho hoje aqui falar de um assunto extremamente importante que é a violência contra mulher. Dessa forma coloco a vcs a minha preocupação com o crescente numeros de casos desta violência, que é tão convarde e absurda.


No Brasil, 24% das mulheres entrevistadas durante pesquisa da organização não governamental Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos disseram que, apesar das agressões que sofrem não se separam porque não têm como se sustentar. Num parâmetro mais generalizado, uma em cada quatro brasileiras sofre com a violência doméstica; a cada 15 segundos uma mulher é atacada no país. Em Mato Grosso do Sul, a situação não é diferente de outros estados brasileiros.


Neste mês de maio conversando com a Drª Lúcia Falcão, delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) na Capital, que informou que de janeiro até agora, a média de denúncias de violência praticada contra a mulher em Mato Grosso do Sul chega em média a 16 casos por dia em todo o Estado. Ao todo já foram, 1.361 ocorrências registradas na Deam.


De acordo com a Delegada Titular da DEAM, o número de registros dos anos anteriores, foi ainda mais expressivo. Em 2007, foram 3.934 boletins; em 2008, 4.684; em 2009, 5.605; e no ano passado foram 6.239 boletins. Segundo ela, por dia, a Deam recebe aproximadamente 50 mulheres, para registros de boletins de ocorrência e solicitação de informações.


A drª Lúcia Falcão, explicou que a tendência é que o número de casos aumente por conta do comportamento das vítimas, que hoje estão cientes de seus direitos e não tem mais receio em apontar o agressor. A delegada aponta a Lei Maria da Penha que estabelece as medidas de proteção como uma das principais ferramentas de contribuição para a questão das denuncias, já que através dela, muitas mulheres criam coragem para denunciar seus agressores.


Nesse sentido, aproveitou-se também para esclarecer que os danos que a violência provoca à mulher vão muito além da agressão física e por isso o setor visa desenvolver um trabalho de mediação de conflitos feito pelo setor psicossocial da Delegacia, este composto por uma Psicóloga e duas assistentes sociais. Dessa forma às vitimas tem um suporte emocional por meio de compreensão e reflexão do contexto de sua dinâmica familiar.


Acho um absurdo que a mulher viva sob constante ameaça e ainda não denuncie. As mulheres precisam acreditar que não fazem parte da violência e por isso é necessário ser feito um trabalho de auto-estima, de valorização. Muitas vezes a própria família não sabe que a mulher está sofrendo violência. É preciso haver mais conscientização sobre o assunto.


Como presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campo Grande estou trabalhando e me empenhando para realizar até maio, uma audiência pública sobre o assunto. Quero chamar a atenção da sociedade para o problema bem como repercutir a aplicação efetiva da legislação da Lei “Maria da Penha”, que hoje é uma grande vitória.


Denúncias – Aproveito para deixar registrado e reforçar o disk-denúncia em Campo Grande - MS, onde as mulheres vítimas de agressão e até mesmo os vizinhos que presenciam essas atrocidades podem ligar. Para denunciar violência contra a mulher a vítima pode ligar para a Central de Atendimento à Mulher – pelo número 180, ou comparecer à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, localizada na rua Dr. Arlindo de Andrade, 149, próximo à avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, telefone 3384-1149.


Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 12 delegacias especializadas, distribuídas nos municípios de Campo Grande, Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

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