terça-feira, 9 de novembro de 2010

Enem precisa ser revisto

Em minha opinião, a sequência de falhas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que foi aplicado no último fim de semana em todo o país, faz com que o processo seja revisto pelo MEC (Ministério da Educação).

O Enem é o maior e melhor avanço na educação do país, é uma chance de o aluno ingressar na universidade de uma forma mais democrática. Por causa de toda a sua relevância, essa ocorrência de erros é inadmissível e a prova precisa reavaliada e analisada. Os estudantes não podem ser prejudicados e, caso a Justiça decida que novo exame seja feito, assim deve acontecer.

A avaliação aplicada a 3,3 milhões de candidatos foi marcada por erros nas provas que podem prejudicar a nota dos estudantes. Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas no sábado (6).

Outro problema ocorreu na folha em que os estudantes marcam as respostas das questões, que estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

Por isso, a Justiça Federal no Ceará determinou a imediata suspensão – em caráter liminar – das provas do Enem. Só em Mato Grosso do Sul, cerca de 73 mil estudantes fizeram o exame.

A questão dos sabatistas (membros de igrejas adventistas do 7º Dia), que foram prejudicados pela prova, também merece atenção. Eles alegam que no sábado, por exemplo, compareceram ao local do exame, na Escola Estadual Joaquim Murtinho, no mesmo horário que os outros estudantes, porém só puderam realizar o Enem após o pôr do sol.

Contudo, muitos estudantes adventistas denunciam que a prova foi aplicada por volta das 18h, quando ainda estava ensolarado, e tiveram de terminar o exame às 22h. Em sua opinião, o correto seria começar às 19h e terminar por volta de 23h.

Muitas vezes também passa pela cabeça dos estudantes que existe uma espécie de boicote, quando casos como esses acontecem.

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