quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Campanha reforça Teste do Olhinho em Campo Grande

Neste ano, o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) e a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) difundiram a Campanha do Teste do Olhinho em alusão às comemorações do Dia Mundial da Visão, celebrado em 14 de outubro. Mesmo depois da data a campanha continua e objetiva estimular a realização do teste em recém-nascidos.

Sou autora da lei 4.337, de 18 de setembro de 2005, que determina a realização do teste do olhinho em bebês nascidos na Capital. A medida pode livrar os recém-nascidos da cegueira.

Apesar de a Lei Federal que tornará o teste do olhinho obrigatório no país ainda não ter sido aprovada, alguns estados e municípios brasileiros já se anteciparam e sancionaram suas próprias leis. Em âmbito nacional a minha lei é pioneira entre as capitais.

Muitos pais sequer sabem o que é, e qual a importância em se fazer o teste. A proposta foi elaborada diante da necessidade para o diagnóstico de prevenção das doenças dos olhos, como: catarata, retinopatia da prematuridade, retinoblastoma (tumor intra-ocular), inclusive a glaucomia, doença ocular que é pouco conhecida entre os brasileiros.

O exame é preventivo e pode ser pedido pelos pais em qualquer unidade de saúde de Campo Grande.

O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), que também é médico pediatra, considera a lei primordial para a saúde da criança. Ele frisa que o exame rápido e pode ser determinante para uma vida inteira.

Pela lei, os ambulatórios, por meio de convênios ou até mesmo os particulares, devem realizar o teste em recém-nascidos ou nos três primeiros meses de vida do bebê. O exame pode ser efetuado via convênio ou através da cobrança da taxa respectiva, quando não for realizado em ambulatórios ou centros de saúde da rede pública.

É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias.

Para que o reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

Em menos de cinco minutos o teste é feito por um pediatra treinado. O único equipamento necessário é um oftalmoscópio. Caso sejam diagnosticadas no nascimento, as patologias que levam à cegueira podem ter suas consequências revertidas com tratamento adequado e imediato.

De acordo com a Sociedade Brasileira Oftalmológica Pediátrica, no Brasil estima-se que existam entre 25 e 30 mil crianças afetadas. Há aproximadamente 150 a 180 crianças cegas para cada milhão de habitantes e 600 a 700 crianças com a visão subnormal. Os números podem diminuir substancialmente com a prática regular do teste, segundo a organização.

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