sábado, 12 de maio de 2012

Teste do Olhinho é assunto em Fórum de Saúde Ocular

O IV Fórum Nacional de Saúde Ocular, ocorrido recentemente em Brasília reuniu as principais lideranças da oftalmologia brasileira com secretários de saúde estaduais e municipais, parlamentares e representantes do Ministério da Saúde para debater as condições de saúde ocular no Brasil e as respectivas políticas públicas. Dentre as ações que foram colocadas em pauta, segundo informações dos representantes de MS, os médicos oftamologitas, Dr. Luiz Alexandre Lani e Aisa Haidar Lani, destaca a importância da inclusão do “teste do olhinho”, na rede pública de saúde, em todas as Capitais do Brasil, sem excessão. Apesar de a Lei Federal que tornará o teste do olhinho obrigatório no país ainda não ter sido aprovada, alguns estados e municípios brasileiros já se anteciparam e sancionaram suas próprias leis. Fico muito feliz em saber que em âmbito nacional, a nossa cidade Morena MS por exemplo é pioneira entre as capitais contempladas com este exame em bebês nascidos, cuja a lei é 4.337, proposta por mim há mais de 7 anos. Foi diante da necessidade para o diagnóstico de prevenção das doenças dos olhos, como: catarata, retinopatia da prematuridade, retinoblastoma (tumor intra-ocular), inclusive a glaucomia, doença ocular que é pouco conhecida entre os brasileiros, que achei importante propor a lei . Através do teste do reflexo vermelho, é possível se fazer uma triagem nas crianças e com isso constatar alterações oculares mais comuns, encaminhando-as para avaliação especializada, que pode diagnosticar precocemente algumas patologias. O teste também funciona como forma de prevenção ao câncer ocular infantil. Muitos não sabem, mas várias doenças oculares podem acometer os recém-nascidos, como: catarata congênita, retinopatia da prematuridade, retinoblastoma (tumor intra-ocular), glaucoma, infecções transmitidas pela mãe (toxoplasmose, rubéola, herpes, sífilis), traumas de parto e até mesmo cegueira. Segundo a médica oftalmologista Áisa Haidar Lani, especialista em Tumor Ocular, no Brasil, são registrados por ano 30 mil casos de catarata. De cada 100 crianças nascidas no país, uma tem catarata, que se for tratada a tempo, pode evitar a cegueira. Já o retinoblastoma é uma das anomalias mais comuns que acomete a visão, sendo responsável por até 39% de todas as causas de cegueira entre crianças, afinal, cerca de 30% dos bebês que nascem com menos de 40 semanas ainda não têm os vasos sanguíneos da retina formados. A retina é onde se compõe a visão. Quando a retina não está formada, ela dá origem à retinopatia da prematuridade, principal causa da cegueira infantil. O “teste do olhinho” consiste na emissão de luz sobre a pupila, por meio de um oftalmoscópio. A luz produz uma cor avermelhada e contínua nos olhos saudáveis, descartando a presença de doenças oculares. Na ausência de reflexo ou em casos de assimetria, a criança é encaminhada para o oftalmologista para exames mais completos. Pela lei, os ambulatórios, por meio de convênios ou até mesmo os particulares, devem realizar o teste em recém-nascidos ou nos três primeiros meses de vida do bebê. O exame pode ser efetuado via convênio ou através da cobrança da taxa respectiva, quando não for realizado em ambulatórios ou centros de saúde da rede pública. É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que o reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão. Em menos de cinco minutos o teste é feito por um pediatra treinado. O único equipamento necessário é um oftalmoscópio. Caso sejam diagnosticadas no nascimento, as patologias que levam à cegueira podem ter suas consequências revertidas com tratamento adequado e imediato. De acordo com a Sociedade Brasileira Oftalmológica Pediátrica, no Brasil estima-se que existam aproximadamente 150 a 180 crianças cegas para cada milhão de habitantes e 600 a 700 crianças com a visão subnormal. Os números podem diminuir substancialmente com a prática regular do teste, segundo a organização.

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